O objetivo da palestra foi debater entre todos os participantes os pontos positivos e negativos de se terceirizar os gerentes de projetos ao invés de mantê-los in-house, um termo bastante usado pelo croata em suas colocações.
Vou comentar um pouco sobre o que ele nos passou, e desafio você a analisar também a seguinte questão: "A terceirização do gerenciamento de projetos é uma ameaça ou uma oportunidade?".
O sr. Butorac nos ajudou a refletir muito sobre este tema nos oferecendo as seguintes afirmações baseadas em suas experiências e estudos anteriores:
- Se for necessário, como podemos fazer esta terceirização:
 - Definir as necessidades;
 - Escolher os provedores de serviço, neste caso empresas de gerenciamento de projetos.
 - Benefícios incluídos:
 - Aumentar e melhorar a prática do gerenciamento de projetos dentro de casa, trazendo experiências externas, sem os vícios já embutidos na organização;
 - Diminuir as influências da política da organização no gerenciamento;
 - Flexibilizar de custos.
 - Desvantagens:
 - Enfraquece o relacionamento entre gerente de projeto e a organização;
 - Pode gerar um desconforto no time de gerencimento de projetos interno, caso não seja bem claro e transparente este processo de terceirização;
 - Menor controle sobre as ações do time de gerenciamento externo;
 
Depende sim, da estratégia da empresa, da maturidade do time interno de gerenciamento e do projeto específico, ficando a dica de que em projetos pequenos e curtos provavelmente a opção de usar um time interno seja mais oportuno.
O importante então, é pensar bem nos benefícios e ameaças da terceirização do gerenciamento de projetos e tomar esta decisão com transparência e clareza, tanto para organização contratante, quanto para a contratada.
Na sequência viajamos da Croácia para a Austrália, ao recebermos a australiana Brenda Treasure, com a palestra "Team Behaviours: How to break-through that understanding barrier".
Brenda nos prendeu com uma palestra sobre o comportamento das pessoas nos ambientes profissionais, focando principalmente no entendimento e liderança de um time, através de uma curiosa teoria que mostra como os profissionais se motivam e funcionam em grupo, e como podem ser identificados e separados em grupos de cores. Estas cores pertencem a teoria que fala dos estilos de valor motivacional, conhecida como MVS, parte integrante da ferramente SDI® (Strenght Deployment Inventory®), que ajuda as empresas a resolveram os problemas de comunicação e conflitos.
Ela começou falando que a efetividade de um time depende da qualidade do relacionamento de seus integrantes, o que pode levar ao sucesso ou fracasso de um projeto, além de destacar as seguintes características principais de um líder:
- A liderança começa consigo mesmo;
 - Inspire e lidere seu time;
 - Seja um bom ouvinte;
 - Crie uma conexão real com os membros do seu time;
 - Motive seu time com entusiasmo;
 
Outra questão abordada pela australiana foi que um bom líder deve identificar as características de seu time, conhecer a sua equipe, saber de suas limitações, defeitos e qualidade, e principalmente não tentar mudar o comportamento do grupo, no máximo mudar o seu próprio comportamento visando melhorar os relacionamentos, e através da sua própria mudança influenciar o comportamento do grupo.
O MVS é baseado na teoria da sensibilização do relacionamento, que foca principalmente em perceber os comportamentos através de um sistema de cores, diferenciando os comportamentos nas cores azul, vermelho, verde e um misto de cores, denominado hub.
Abaixo podemos ver uma uma representação gráfica do sistema de cores do MVS, e logo a seguir uma breve descrição sobre as características comportamentais que se enquadram em cada cor.
- Azul: Autruísta-Orientador(alimentador)
 - Preocupado com a proteção, crescimento e bem-estar dos outros, esperando sempre pela oportunidade de ajudar quem precisa.
 - É falante e divertido.
 - Red: Assertivo-Direcionado
 - Preocupado com a realização das tarefas, com a organização das pessoas, com o tempo, dinheiro e qualquer outro recurso para alcançar o resultado desejado.
 - Só se importa com os resultados.
 - Verde: Analítico-autônomo
 - Preocupado em garantir que as coisas tenham sido bem pensadas, que esteja tudo correto e bem detalhado, além de buscar a melhoria da qualidade.
 - É autoconfiante, independente e individualista.
 - Hub (mistura de cores): Flexível-Coerente
 - Preocupado com flexibilidade e adaptabilidade, além do bem-estar do grupo através de harmonia e consenso.
 
O mais importante de tudo isso é percebermos, principalmente como líderes, que o nosso time irá com certeza possuir integrantes com todas estas "cores", e caberá a nós identificá-las, destacá-las e gerar uma harmonia no relacionamento do grupo entre todos estes comportamentos.
Não devemos tentar mudar a nossa equipe, mas sim, fazê-la atingir o sucesso desejado e os resultados esperados, sabendo que não há uma "cor" melhor que a outra, e a verdade é que precisamos de todas e com certeza todas juntas se completam e possibilitam o surgimento de times fortes que podem obter muito sucesso juntos.

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